GESTÃO ESCOLAR
O tema Gestão Escolar dentro da Educação contemporânea é relativamente novo e de extrema importância, na medida em que desejamos uma escola que atenda as atuais exigências do cotidiano educacional, político e social.
As constantes mudanças sociais, econômicas e políticas ocorridas em nosso país nos últimos anos, requerem uma escola dinâmica imposta pelo um novo modelo de sociedade. Neste contexto, reflito sobre os desafios da gestão escolar para gerar um processo de mudança na organização educacional que busquem se adequar aos novos padrões da sociedade atual, por meio da prática da gestão participativa.
Isso significa mudar as pessoas que formam a escola. Portanto, exige-se que os educadores assumam uma nova postura diante do processo ensino-aprendizagem e da educação de uma maneira geral. Nesse sentido, é preciso que todos re-avaliem suas atitudes, valores, comportamentos e formas de perceber os outros. Para isso, é necessário ainda considerar aspectos como a motivação, o envolvimento, a formação e o aperfeiçoamento do pessoal, a competência técnica e o compromisso para formar cidadãos conscientes e participativos.
Sabendo disso, a escola e seus profissionais devem cada vez mais investir em conhecimento e socializá-lo para que a organização escolar aumente sua capacidade de criar e de inovar, já que “mudar é confrontar a organização com novas perspectivas, iniciativas e modelos mentais (paradigmas); usar o pensamento sistêmico e desenvolver o aprendizado colaborativo entre pessoas de capacidade equivalente”. (SENGE, 1998 citado por MOTTA, 2001, p. 137).
Contudo, um modelo de gestão escolar não pode ser analisado de forma estagnada, desvinculado de seu contexto, pois perde o seu sentido se considerado fora da realidade em que surgiu. De acordo com Glatter (1992, p. 146) o processo de mudança é dividido em três fases:
1) Iniciação: introduzir novas idéias e práticas e procurar o apoio institucional.
2) Implementação: operacionalizar as idéias.
3) Institucionalização (ou estabilização): constituí-las em normas e rotinas, para que se tornem parte integrante do cotidiano escolar.
Portanto, é um grande desafio para o diretor de escola atuar como líder e desenvolver formas de organização inovadoras e empreendedoras.
Por isso concorda-se com Lück et al. (2002, p. 35) quando diz: liderança é “a dedicação, a visão, os valores e a integridade que inspira os outros a trabalharem conjuntamente para atingir metas coletivas”. De acordo com a autora “a liderança eficaz é identificada como a capacidade de influenciar positivamente os grupos e de inspirá-los a se unirem em ações comuns coordenadas”. Deste modo, é importante que a liderança do gestor seja participativa, para que todos compartilhem a gestão da escola.
Então para finalizar, pode-se afirmar que a gestão escolar objetiva organizar, mobilizar e articular todos os recursos materiais e humanos necessários para o avanço dos processos sociais e educacionais dos estabelecimentos de ensino. Essa orientação visa promover a aprendizagem pelos alunos, tornando-os capazes de enfrentar os desafios da sociedade.
Referências:
LÜCK, Heloísa et al. A escola participativa: o trabalho de gestor escolar. Rio de Janeiro, DP&A, 4ª edição 2000. P.35
MATTAR, Fauze N. Pesquisa de marketing: metodologia e planejamento. v.1. 5.ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1999. P. 137
GLATTER, Ron. A Gestão como Meio de Inovação e Mudanças nas Escolas. In:As Organizações Escolares em Análise. Lisboa. Dom Quixote. 1992. p. 146